Estudo feito na USP (Universidade de São Paulo) e divulgado na revista Scientific Reports revela que medicamentos anti-inflamatórios de uso comum na infância podem estar ligados a defeitos de desenvolvimento do esmalte dentário, que hoje ocorrem em aproximadamente uma em cada cinco crianças no mundo. Os autores, ligados às faculdades de Odontologia de Ribeirão Preto, a FORP-USP, e de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto, FCFRP-USP, investigaram os efeitos de drogas como o celecoxibe e indometacina, que pertencem à classe dos anti-inflamatórios não esteroidais e representam —ao lado do paracetamol— o primeiro degrau da escada analgésica da dor da OMS (Organização Mundial de Saúde).

Nos últimos anos, os dentistas da Clínica do Esmalte Dentário da FORP-USP, que pesquisam e lidam diariamente com o problema, vêm observando um aumento considerável no número de crianças atendidas com dor, manchas brancas ou amarelas e sensibilidade e fragilidade dos dentes, que inclusive acabam fraturados pela força da mastigação —todos sintomas clássicos dos defeitos de desenvolvimento do esmalte dentário do tipo hipomineralização, cuja causa central ainda é desconhecida. Como consequência, lesões de cáries aparecem mais rapidamente e com maior frequência nesses pacientes e suas restaurações apresentam menor adesão e mais falhas. E estudos indicam que essas pessoas chegam a trocar dez vezes mais as restaurações ao longo da vida.

Fonte de matéria: VIVA BEM UOL

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